domingo, 25 de agosto de 2013

Terceirização da maternidade

Não, eu não estou exagerando, muito menos vim aqui para criticar ninguém, é só meu ponto de vista, baseado em experiências minhas, de algumas amigas, de crianças que trabalhei, de casos que vemos por aí. Começo com o link de um texto  de um blog super legal, Tudo sobre minha mãe, com o texto Uma geração babá-dependente, de Fabiana Santos. Então vamos por parte, qdo eu era criança, logo que meus pais se separaram e minha mãe simplesmente teve que lidar com o sustento e a educação de duas filhas sozinha, a única opção para quem assumiu um restaurante em uma academia de tênis das 7h às 23h, era ter uma empregada em casa que pudesse ficar comigo com então 7 anos. Naquela época minha irmã já ajudava minha mãe no período oposto ao da escola, e para mim sobrou a terceirização. Lembro que a Cremilda (nome fictício) era legal, brincava comigo, penteava meus longos cabelos mas não estava nem aí para minha educação e alimentação. Minha mãe saía de casa eu estava dormindo e voltava eu já estava no terceiro sono, sei que ela não tinha opção, afinal era de lá que vinha o dinheiro para pagar nossa escola, nossa roupa, nossa moradia e tudo mais o que uma criança precisa de material. Claro que eu sentia falta de minha mãe, a sorte é que o trabalho dela era perto de casa e sempre que podia Cremilda me levava até lá para matar a saudade. Só que, como eu disse anteriormente, Cremilda não estava nem aí se eu tinha comido ou não, ela comia meus iogurtes, meus lanches da escola e me restava o resto, literalmente. Sem contar a falta que eu sentia de alguém que pudesse ver minhas lições de casa. A infeliz tb sofria de cólicas todo o mês, e nesses dias eu não ia para a escola, que tb era perto, íamos a pé, mas uma vez por mês eu sempre faltava um ou dois dias por conta de sua menstruação dolorosa. E vcs acham que minha mãe sabia? Claro que não, eu era ameaçada, se eu contasse apanharia. Acho que essa nem minha mãe sabia. Durante a gravidez de minha filha eu dizia para os 4 cantos que jamais deixaria de trabalhar para ficar com um filho, que ela iria para a escolinha assim que minha licença maternidade acabasse, afinal eu tinha fobia a babás. Claro que qdo ela nasceu tudo mudou, eu vivo trocando de opiniões qdo passo por alguma situação diferente. Com 30 dias eu liguei para minha chefe pedindo demissão, ela achou que era depressão pós-parto e eu acreditei nela, o tempo passou e decidi com meu marido que o valor de uma escolinha não compensaria pelo meu salário, voltei trabalhar com minha filha nos braços, quer dizer, no peito, pq ela não aceitou mamadeira e eu nem fiz questão disso. Falei com o dono da empresa, já que minha chefe não aceitou fazer acordo, e 15 dias depois eu estava em casa sendo mãe 24h. Qdo ela tinha quase 1 ano, eu estava trabalhando com minha mãe na escolinha dela, e Bella não me deixava trabalhar, e como a escolinha era para crianças acima de 2 anos ela "atrapalhava". Resolvemos contratar uma moça para ficar somente com ela, como era em casa mesmo, eu poderia ficar de olho, mero engano. Impossível vc ser professora de educação infantil sem ficar de olho em seus alunos o tempo todo. Qdo eu conseguia escapar encontrava a babá deitada na cama e Bella se acabando sozinha com bolachas dentro do berço, aliás, dessa babá tenho muita história para contar, até de papinhas sendo comidas com a mesma colher na proporção Bella 10% X Babá 90%. O que essas babás veem tanto nas comidas dos bebês não é? Durou apenas 1 semana. Me virei em mil e a Bella foi para a escola no período vespertino com 2 anos e meio, qdo ela já estava desfraldada e falando tudo. Qdo engravidei de Davi a situação era outra, meu salário não era o mesmo que uma escolinha e nossos gastos eram altos, babá nem pensar, pq errar uma vez é humano, duas é burrice, optei pela escolinha, aos 3 meses lá estava ele na escolinha, sorte a dele que era o queridinho da escola, e foi muito bem tratado. Se eu sentia falta? Claro que sim, meus peitos enchiam e chegavam a empedrar, minha sorte é que a escola era muito perto e eu mandava sempre o meu leite. Qdo mudei de estado, ele tinha 10 meses e resolvi parar de trabalhar, voltei a ser mãe 24h, e os 2 meses que fiquei nessa função, só levando e buscando a mais velha para a escola com Davi no sling e cadeirinha foi meu auge. Na nova escolinha Davi foi muito maltratado, como mostro em duas fotos aqui em baixo. E agora ele está na melhor escola do mundo. Enrolei muito até aqui, eu sei, o que quis na verdade era explicar o pq tenho essa visão de repugnar mães que terceirizam a educação de seus filhos. Por mais que eu passe o dia inteiro fora, qdo chego em casa, largo tudo para ficar com meus filhos, faço questão de sentarmos todos juntos no jantar, faço questão de dar banho em Davi, faço questão de ver as agendas das escolas dos dois, faço questão de ver as lições de casa da Bella, bem como seus materiais, faço questão de na cama já, pegar alguns livros e ler com eles, de conversar sobre o dia deles, e no final de semana, vcs acham que nosso passeio preferido é ir ao shopping? Claro que gostamos de ir ao shopping, mas preferimos jogar Jogo da Vida, assistir um filme abraçadinhos, brincar com a cachorra no quintal, sentar no chão e brincar pra valer, incentivá-los nos estudos. Vejo muitos pais ausentes na vida de seus filhos, qdo trabalhei com crianças via pais que sabiam menos de seus filhos do que eu, para que ter filhos? Para dizer que tem? Não sou melhor mãe que ninguém, não sou a dona da razão, mas uma coisa é certa, meus filhos sempre são elogiados em suas escolas, e todos dizem que a educação que recebem em casa reflete na escola. Se sinto falta de um tempo para mim? Claro que sinto, mas o pai ajuda, ai se não ajudar, rs. Se eu sinto falta de um tempo para nós dois? Claro que sentimos, mas os filhos são nossos, não temos coragem de deixá-los com ninguém, logo eles crescem e vamos curtir, o bom de termos sido pais jovens é isso, qdo eles tiverem idade suficiente para ficarem sozinhos seremos jovens ainda para curtir a vida. Tentamos uma vez deixar a Bella com minha sogra e passear, comemos, conversamos, divertimos, mas chegou certo momento que um olhou para a cara do outro e sentimos falta de nossa bonequinha. Hj é assim, se podemos levar nossos filhos nós vamos, casa contrário, sinto muito. Mas por enquanto eles precisam de nós dois, do pai e da mãe. Só para deixar claro, que EU tenho péssimas lembranças de babás, mas conheço pessoas que amam suas babás, tiveram sorte, a sorte que eu nunca tive. Outra coisa que não me conformo, é a mãe que não trabalha fora e mesmo assim tem babá, sinto muito, mas eu não conseguiria ficar lendo um livro enquanto a babá trocaria uma fralda, o alimentaria, brincaria e colocaria MEU filho para dormir. Para essas sim eu digo que não são mães de verdade. Abaixo coloco um vídeo de um especialista falando sobre isso. É um pouco longo, assim como esse meu texto, mas se chegou até aqui, gostando ou me odiando, vale a pena assistir.
Aqui em casa somos assim:

Davi ainda bebê de uniforme da escola:

Isabella no desfile de 7 de Setembro em seu primeiro ano de escola (de jeans e rosa):

Alguns dos machucados de Davi na pior escola do mundo:

Vídeo mais do que interessante:

Só para terminar, não acredito muito nessa de que qualidade é melhor que quantidade, queria poder ter mais tempo para meus filhos hoje, esse é o principal motivo pelo qual eu não desgrudo deles enquanto posso. Depois eu fico sócia de algum salão de beleza por aí, por enquanto eu sou deles e eles são meus. Logo eles crescem, criam asas e vão querer voar, sabendo que existe amor dentro de casa eles sempre vão querer voltar. Até mais e até a próxima!


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cadeirinhas automotivas para crianças

Conversando com uma amiga sobre cadeirinhas, lembrei de alguns dados horripilantes sobre a falta desse equipamento essencial. Fico indignada com esses pais irresponsáveis, aqui em Floripa o que mais vejo são crianças soltas no carro, existem pesquisas que informam que a maioria dos acidentes acontecem perto de casa, o famoso "é logo ali". Minha Bella qdo era pequena mostrei alguns vídeos chocantes (com bonecos) no youtube, ela NUNCA ficou sem cinto, faz um ano e pouco que anda no banco da frente, e Davi além de mostrar os mesmos vídeos ele viu um acidente perto da escola dele, onde a mãe estava sem cinto e ficou presa nas ferragens e a filha bebezinha foi salva pela cadeirinha, se alguém entra no carro e não coloca o cinto ele dá bronca e nunca anda solto ou na frente, eu meto medo mesmo, podem até me criticar, converso muito com eles, faço a minha parte pq os amo. Muitos pais pensam somente na multa, e o filho? Qto vale um filho? Alguns trocados e uns pontos na carteira? Davi e Bella já saíram da maternidade no bebê conforto, exigência das maternidades, e olha que em 2002 acho que nem era exigido no CTB. Cada idade tem um equipamento certo, como segue nesse link, clique aqui. Essa foto tirada em 2011. Davi com 1 ano no bebê conforto, Arthur com 3 anos na cadeirinha e Isabella com 7 anos no booster(assento de elevação). Então vamos lá pessoal, nada de preguiça, sejamos responsáveis. A segurança de nossos filhos em primeiro lugar.




sexta-feira, 9 de agosto de 2013

11 anos Isabella

Não teve festa, não teve presentes caros, não teve glamour. Teve sorriso, teve abraços e beijos, choro de emoção e família unida. Sim, esse é o resumo de um dia maravilhoso, que eu queria que durasse para sempre. A amiga e coordenadora Ana da escola dela me ajudou com a surpresa na aula de matemática que ela adora o professor. Mandei cupcakes de brigadeiro, uma delícia. Passou a tarde sendo mimada pela vó e de noite comprei lanche que ela estava com vontade, já na cama, ficamos abraçadinhas, vendo vídeos antigos, fotos antigas, conversando, fazendo carinho, dando beijinhos, chorando de amor, amar dói, dói no fundo do peito. Te amo minha eterna princesinha.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Há 11 anos...

Há 11 anos, eu fui trabalhar, passei mal, fui levada para uma farmácia medir minha P.A., me mandaram pra casa, passei o dia dormindo na casa da minha madrinha, fui ao meu GO no fim do dia e peguei dois dias de atestado. A ansiedade crescia, a agonia aumentava e aquela vozinha da razão diminuía cada vez o som, ela me dizia "calma, faltam 5 semanas ainda" e eu não estava nem aí. Queria mais era conhecer o rostinho da minha bonequinha que era bochechuda e se mexia muito. Só que no final do dia, eu fui dormir só com o marido ao meu lado e a Bellinha pulando dentro de mim. Isabella...como eu te amo!

O Zé parte 2

Para quem acompanha o blog desde o início provavelmente vai se lembrar do Zé, clique AQUI para conhecer melhor a história. Essa semana Bella olhou para seu fiel companheiro e perguntou se o pai não ficaria chateado caso ela desse o Ze para o irmão. Eu disse que ia conversar com ele primeiro com calma, mas não teve jeito, eu mesma já respondi que quem ia ficar chateada seria EU. Ah não! Ela tem o Zé e ele o Zezinho, clique AQUI para conhecer o Zezinho. Se ela não quiser mais cuidar do Zé, deixa comigo, que eu cuidarei dele até meus netos nascerem, apegada eu? Pode ser, mas é que tem coisas que só a memória não é o suficiente.