sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Minha profissão maravilhosa

Quando eu era criança, assim como muitas meninas, queria ser professora. O tempo foi passando e tentei ser de tudo um pouco por causa do dinheiro, fiz instrumentação cirúrgica, comecei contabilidade e administração, mas as crianças sempre foram minha paixão, já ia me esquecendo, com 15 anos eu já fazia o antigo colegial técnico em magistério, desisti por força maior. O que importa é que hoje estou vivendo a pedagogia com muito amor, muito amor mesmo. Então vamos lá, sempre que tive contato com crianças eram da educação infantil, em fevereiro, como já contei aqui, fui chamada para trabalhar em uma escola maravilhosa como auxiliar de sala no infantil 3, ou seja, crianças de 3/4 anos, minha prof parceira foi maravilhosa e me ajudou muito nesse recomeço, em junho recebi uma proposta desafiadora: assumir uma turma de 4° ano do fundamental, meu marido e minha filha foram muito importantes na minha decisão, resolvi encarar. Foi um desafio e tanto, mas com a ajuda de alguns outros profissionais da escola e minha força de vontade, posso dizer que consegui. Como afirmo sendo tão crítica? Com o resultado e reconhecimento. Muitas cartinhas, abraços e presentes, mas isso não era o suficiente para eu acreditar em mim, afinal, meus alunos tinham acabado de sofrer um trauma que não vem ao caso mencionar e por isso procurei dar todo o meu amor a eles. A confiança e o carinho deles eu consegui, só que para mim não era o suficiente, eu queria saber se estava conseguindo desenvolver um bom trabalho, até que no final do ano, alguns pais me deram o retorno que eu esperava e finalmente ontem, durante a festa de confraternização da escola, recebi o prêmio de professora destaque do ano. Estava em dúvida de vir aqui contar ou não, não quero parecer metida, só queria poder extravasar toda essa alegria que está explodindo dentro de mim. Para variar, quem eu esperava alegria eu quase não tive, em compensação, marido, filhos e meu anjo da guarda ficaram muito contentes e vibraram por mim. Ontem, depois do meu nome anunciado, fiquei sem voz, sem ação, em choque, não consegui discursar como pediram, posso afirmar que ainda estou sem acreditar totalmente, o pouco de mim que já acredita está cada vez mais motivada, com muitas ideias, com muita vontade de trabalhar, quero mais momentos como esse, não necessariamente mais "guardanapo$ recheado$" como ganhei ontem, quero mais adrenalina, mais motivação, mais reconhecimento, principalmente das crianças, pois é por elas, para elas. Não sei se alguma dessas pessoas que tenho tanto a agradecer lerão essa postagem, mas peço a Deus que abençoe cada vez mais minha diretora, coordenadora, psicóloga, bibliotecária e uma professora que tanto me ajudaram na realização de um sonho. Para variar, não vou editar a postagem, gosto disso, do calor da emoção, ainda mais no celular com as crias penduradas aqui ao meu lado. Obrigada Deus!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Nossa árvore de natal

Aqui em casa, como já falei inúmeras vezes, procuro ensinar sobre o consumo consciente por motivos sociais e ecológicos, principalmente nessas datas que há muito tempo deixaram de lado seu real valor. Nossa árvore estava "capenguenta" demais, como não queria gastar muito e Davi está curtindo muito o aniversário de Jesus e anda com a imaginação a mil resolvi a árvore montessori que estava com vontade fazia tempo. Ganhei o feltro do meu anjo da guarda pq aqui onde moro não achava, as bolinhas coloridas fiz com uns retalhos que eu tinha em casa e na escola e ainda quero fazer mais alguns enfeites. A partir de agora terei mais tempo, acabaram a minhas provas na faculdade  na escola só tenho aula com quem ficou no reforço. Ontem começamos nossa guirlanda de rolinhos de papel higiênico, depois mostro o resultado. Por enquanto, a árvore está fazendo sucesso, todo mundo que vem aqui muda as bolinhas de lugar, sem contar o vento que derruba e provoca muitas risadas. É isso aí, agora temos mais uma atividade interativa em casa, mais um cantinho montessori que faz Davi mais feliz, mais criativo e mais pensante. E a mamãe professora? Fica mais cheia de orgulho do que saco de Papai Noel.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Culpas de mãe

Aqui sempre procurei "maternar" com apego com os dois, fui muito criticada por várias pessoas e muito elogiada por outras tantas. Procurei sempre fazer tudo o que estivesse ao meu alcance, nada material, e sim a parte emocional e social da formação individual de cada um deles. Pretendo continuar dessa forma pq é assim que sempre deu certo e continua dando ao menos na minha família e quando digo família somos eu, marido e as crias. Portanto, não vejo a necessidade de mudarmos nossa forma de agir, já falei outras tantas vezes aqui no blog sobre meu ponto de vista da maternidade e uma delas é exatamente isso, a criação com apego, que principalmente aqui em Floripa muitos enxergam com outros olhos, um olhar de superproteção e mimo, o que me deixa intrigada, pois minha família em Sampa sempre levou a criação dos filhos de forma bem semelhante, assim como muitas amigas por lá também, de repente pode ser cultural (o que não acredito), certo ou errado, nesse caso não importa, o que importa é que aqui em nossa casa está dando certo. Bom, depois de tanto enrolar, vou enfim desabafar o que anda me afligindo, ando um pouco estressada por conta de toda essa minha louca rotina, e sei que ando descontando no pessoal aqui de casa, consequentemente o clima anda tão estressante como eu, cresci ouvindo na SNI que a mulher é basicamente o alicerce de uma família e é verdade, percebo que quando não estou legal tudo desanda. O fato é que com toda essa correria de fim de ano, Davi anda muito inquieto e isso está me tirando do sério e acabo exagerando na quantidade de broncas, mas, como toda mãe que sou, me arrependo e fico triste por dentro. Depois, com a cabeça mais fria, analiso a situação e identifico que na grande maioria das vezes o motivo por tais comportamentos nada mais é do que chamar a minha atenção. Auto-controle, palavrinha que nós dois precisamos relembrar. Claro, que por ele ter apenas 4 anos quem deve ajudá-lo sou eu, então vamos voltar com a velha tradição de contar até 10, se for o caso até 20, e torcer para que minhas provas acabem logo, pois são elas que estão me deixando assim na grande maioria das vezes. E para vc meu filho, saiba que te amo incondicionalmente, todos os dias.