segunda-feira, 27 de junho de 2016

A mochila verde X A bolsa amarela

Quem leu o livro Bolsa Amarela da Lygia Bojunga vai entender o que eu escrevi agora. Eu o li em 1989, na antiga segunda série, atual terceiro ano, lembro que fizemos um trabalho maravilhoso com nossa excelente professora, enfim, externamos nossos questionamentos de uma forma tão inocente que só crianças poderiam fazer. Recentemente li novamente para matar a saudade de uma época muito boa, onde meus maiores problemas eram a separação dos meus pais que se prolongou por tanto tempo que nem me lembro ao certo e qual a lição de casa para o dia seguinte. Quando tive a Bella, por mais que eu tenha parado de trabalhar fora as ocupações com a creche da minha mãe praticamente não me deram o tempo que eu gostaria de ter com ela para ler e inventar histórias tanto quanto eu gostaria, mesmo assim, ela adquiriu um gosto pela leitura de dar inveja em muita gente. Já com Davi, talvez a minha maturidade tenha colaborado, por mais que o tempo fosse mais escasso a vontade era maior e o cansaço físico pedia socorro para momentos de prazer. Criei momentos com os dois para que pudéssemos curtir um ao outro. Não, eu não sou a melhor mãe, sou a melhor mãe que posso ser. Voltando à bolsa amarela, Davi, como muitas crianças, tem seus questionamentos, seus segredos e sua criatividade e imaginação aguçadas, muitas "coisas" ele mantém em sua mochila verde, objetos que expressam seus momentos e o faz viver intensamente. Nela tem massinha, globo, livro, caneta, espada, bolinha e o que mais couber naquele dia. Um dia tem x, noutro y e assim ele vai vivendo sua infância com sabor de quero mais. E eu? Fico aqui observando, as maravilhas da infância...leitura, imaginação, fantasia...