terça-feira, 20 de setembro de 2016

Simplicidade infantil

Para quem já nos conhece, sabe que amo fazer arte com meus filhos, que evito comprar brinquedos prontos para que possamos criar juntos com qualquer tipo de material, vai muito do momento. Com isso, o Davi pegou o gosto pelas coisas simples, pelo que podemos criar e soltar a imaginação. Aqui em casa, assim como em muitas outras, sexta-feira é o dia do brinquedo na escola, e toda semana, nesse dia, é um parto até ele decidir o que levar. Primeiro pq ele não tem muitos mesmo, a cada brinquedo que ele ganha são dois que vão para doação, segundo pq ele nunca sabe o que escolher, já que parece não se sentir a vontade com brinquedos prontos. Eis que semana passada, ele desce do quarto com uma tampinha de brinde daquelas máquinas de moedas e o cadarço da calça da irmã. Na hora imaginei o que viria a seguir, mesmo assim resolvi perguntar o que ele estava levando, já que como mãe que sou, queria proteger de possíveis chacotas de colegas que poderiam não compreender esse lado dele. Com toda a calma, segurança e confiança do mundo ele respondeu exatamente assim: "estou levando essa coisa e essa corda pq tem muitas possibilidades". Meu instinto de mãe leoa continuava em alerta quando perguntei se ele tinha certeza e de novo ele foi firme em sua resposta, dizendo que daria para fazer balanço, estilingue...foi então, que meu instinto de mãe coruja, me fez quase chorar de tanta alegria. A convicção dele foi tão intensa que ao chegar na escola os amigos queriam ver o que ele tinha levado e queriam brincar com " aquelas possibilidades". A vida dos adultos é mesmo complicada, nos preocupamos demais com o que os outros vão achar, deixamos de lado a beleza das pequenas coisas e perdemos nossa criatividade. Diante disso, só posso terminar essa postagem agradecendo ao meu filho e todas as crianças, que mostram diariamente o lado bom da vida, a simplicidade infantil.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Devagar e sempre

É, o tempo vai passando e o que fica são as memórias, algumas muito boas, outras maravilhosas e outras nem tão agradáveis assim. Como se diz, nem tudo  na vida são flores, pelo contrário, a vida tem seus altos e baixos. Se ficarmos enfatizando os vales da vida não curtiremos os cumes, e é exatamente por este motivo que venho aqui hj. Ontem, fomos aos parque caminhar e pude ver o quanto meu pequeno caçula deixou de ser meu bebê para iniciar sua trajetória à liberdade. Claro que não foi exatamente ontem, esse processo iniciou-se no momento de seu nascimento e a cada dia percebo mais e mais. Quando meu peito deixou de ser sua única fonte de energia, quando foi à escola pela primeira vez sem implorar por meu colo, quando passei comer comida quente...enfim, ontem deixei ele solto, andar sem mãos dadas, com seu ritmo de passos e por onde ele achava que deveria pisar. Diferente da Bella que eu sofri demais, com ele estou aprendendo que posso e devo ser mais maleável porque tudo passa e a cada degrau ganha-se um aprendizado diferente. E como eu disse antes, tudo passa, de um jeito ou de outro. Se eu não tivesse certeza disso, jamais teria um segundo filho, porque a parte chata está aí, para nos ensinar. Os dentes moles, as dores de crescimento, as birras, os choros fáceis, enfim, os baixos passam e o que fica são as memórias, não é mesmo? O que passou, passou e daqui para frente, continuaremos errando tentando acertar, aperfeiçoando a cada etapa, a cada detalhe, a cada um... Para concluir:
Te amo Isabella! Continue exatamente assim, do jeitinho que vc é. Te amo Davi! Continue me ensinando a ser mais paciente!