quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Criação com apego

Esse mês vou trabalhar apenas no período vespertino e estou aproveitando para matar a saudade de dormir até tarde e fazer o almoço assistindo Encontro com Fátima Bernardes. Hoje, um dos assuntos foi sobre maternidade, mais precisamente sobre educação dos filhos. Comecei prestar atenção qdo apareceu o sulista Marcos Piangers entrevistando um novo casal com um bb de aproximadamente 7 meses praticando a "criação com apego", o jovem casal mostrou sua rotina de sling, cama compartilhada e tantas outras atitudes que sempre tive com meus filhos, atitudes essas que jamais me arrependo e que fui e sou muito criticada por tantos. Ao final dessa entrevista, o repórter diz algo sobre querer saber como será essa família daqui 5 anos. Bom, posso responder por essa família com todos os argumentos vividos por mim. Sou mãe há 13 anos e 5 meses (completados hoje), ou seja, foi exatamente no dia 07/08/2002 que minha vida mudou por completo, a começar por mim. Dizia que jamais ia querer casar e ter filhos, assim como uma tia distante que exibia uma linda pele e um humor brilhante com seus 50 anos. O destino cumpriu seu papel e a partir de então decidi que não ia trabalhar mais fora de casa e me dedicaria integralmente à minha filha. Aos 21 anos eu não planejei tipo de parto muito menos amamentar, mas aquela carinha linda foi tão especial que me hipnotizou e me fez querer doar-me por completo, em livre demanda, no tempo dela. Fato que me motivou a compartilhar minha cama para que ela pudesse mamar a hora que quisesse, ela literalmente me sugou por quase dois anos, me empurrou na nossa cama por quase 7 e grudou na barra da minha saia por quase 13. Tudo isso com o consentimento do meu marido, pai dela. Me doei por completo à ela o tempo todo, nem ouvia falar sobre criação com apego, termos novos difundidos pela rapidez da internet. Com o mais novo quis fazer diferente, quis ir igual a sociedade e aos "entendedores", continuei minha carreira (por necessidade tb), e não quis compartilhar minha cama, que burra eu fui, EU precisava disso. Infelizmente não consigo praticar a tal criação com apego assim como fiz com a maior e os resultados são descarados. Realmente criação com apego torna o ser humano muito diferente, a começar pela independência da criança, a "coitada" da Bella nunca ficou escondida atrás de mim assim como o Davi, a Bella nunca deu trabalho em adaptação escolar como o Davi, a Bella desde pequena dormia na casa da vó ou das amiguinhas, que pecado, criá-la com apego fez um mal danado. A infância não dura para sempre e eu posso afirmar que aproveitei muito a dela, aos poucos ela vai alçando vôo, no tempo dela e o que fica é a saudade. Diferente do Davi, criado em escolinha e com tantos "agora eu estou ocupada". Então, "entendedores", meu recado é para vcs: O que define a independência e a maturidade de uma criança não é a cama que ela dorme, é o amor e o tempo com seus pais. O que define o comportamento da criança são os limites e a própria personalidade. Chega de mimimi e dizer como os pais devem criar seus filhos. Quem ama educa! Ah! Existe sexo depois dos filhos sim, afinal, tive o segundo filho!