quarta-feira, 18 de abril de 2018

Vidas que se encontram

Hoje, ao chegar do curso no centro espírita tive a triste notícia de que meu sogro desencarnou através de um infarto fulminante. Confesso que num primeiro momento entrei em choque, aos poucos fui elaborando as informações no mesmo instante que comecei fazer orações para que ele conseguisse ter uma boa passagem, que fosse amparado pelos espíritos de luz e que entenda o quanto antes que isso é somente um ciclo que se encerrou. Em seguida, veio a frustração comigo mesmo de não ter dito a ele enquanto eu podia o quanto sou grata pela vida do meu marido, o quanto sou grata pela vida dos meus filhos e também o quanto sou grata pelo sobrenome que herdei, porque quis, dele. Sei que foi um pai e um vô ausente, mas antes de ser tudo isso ele foi um amigo que eu tinha um apreço muito grande. A vida nos fez sermos distantes, ou melhor, nosso livre arbítrio nos fez viver assim. O que mais sinto, sinceramente,  é ver que ele e os filhos não tiveram a capacidade de procurar se entender ainda aqui neste caminho. Aprendi desde que me entendo por gente o quão importante é termos gratidão por nossos antepassados, e como mãe dos netos dele posso dizer que serei eternamente grata por ele fazer parte de meu caminho. O que me resta então é pedir a Deus que o receba com todo seu amor, e...Germano, muito obrigada! Que Deus e todos nós estejamos sempre em seu coração!

domingo, 15 de abril de 2018

Mudanças precisas!

Cheguei em uma fase da minha vida em que percebi que realmente aquela história do avião, onde em um momento de despressurização antes de ajudar alguém vc deve colocar o oxigênio primeiro em si mesmo, é pura verdade. Só que infelizmente a maioria das pessoas ainda não estão preparadas para isso e quando se deparam com alguém que se ama já a julga como egoísta. Enfim, não sei ao certo se essa nova Andrea resolveu pensar mais em si mesma pq resolveu se amar ou pq está cansada de servir a todos ao seu redor, no trabalho, em casa, na escola... mudanças sempre são vistas pelas outras pessoas de forma julgadora, é uma pena isso. Sinceramente, resolvi comprar aquela saia que tanto queria num brechó, quando antes era tudo para eles, resolvi correr sozinha para conversar comigo e com Deus, quando antes os únicos assuntos eram os da casa, resolvi ter momentos de ócio, quando antes eram maratonas de desenhos infantis, resolvi jogar paciência no celular, quando antes eram jogos infantis. Percebi que por mais que eu faça o tempo todo para todos, eu nunca serei a melhor mãe, a melhor esposa, a melhor dona de casa, pois sempre serei julgada como aquela que tem obrigações com todos. Sabe que até há um tempo eu sentia orgulho quando as pessoas diziam que eu era a melhor mãe do mundo pq em tudo colocava as crianças em primeiro lugar. Hoje não, elas estão crescendo e vejo que tudo o que sempre fiz não passa de obrigação para eles, que não tenho o valor que eu acreditava ter. São as expectativas que criamos e depois nos decepcionamos. Logo eles estarão crescidos, vivendo suas vidas e eu estarei aqui, uma velha desgostosa com a vida e cansada demais para pensar em recomeçar a me amar. Cheguei ao ponto de não sentir mais prazer em nada, e realmente não é isso que quero para minha vida. Amo meus filhos, um amor incondicional, mas como dizem, "ninguém dá o que não tem", enquanto eu não tiver amor por mim mesma, eu não conseguirei amar ninguém de verdade e sim terei apego a eles. BASTA! O caminho é muito curto para nos prendermos à essa ilusão, hoje eu busco a evolução, vim para cumprir minha missão, e tenho certeza de que minha missão não é me anular para viver a vida dos outros. Logo eles crescerão, e só me darão valor se tiverem a certeza de que eu vivi, de que eu me amei.
Amo vcs meus filhos! E é por isso que estou me amando! Sei que o texto está confuso, é o que temos para hj!