quinta-feira, 14 de abril de 2016

Amor que faz tão bem

Muito clichê seria se eu dissesse o quanto amo meus filhos, que é um amor que dói ou até mesmo que os amo mais do que a mim mesma?
Sim, pode até ser que digam isso, não importa. Hoje foi um dia muito tenso, problemas no trabalho, cabeça a mil, novos acontecimentos, sobrecarga, chegar em casa e ter muita coisa para fazer e não saber por onde começar, vontade de jogar tudo para o alto e correr, mas não, resolvi a segunda opção, pela primeira vez. Cuidei da rotina, me larguei no sofá, respirei fundo, pensei na vida e descobri (de novo) que eu mesma escolhi tudo isso e por este motivo não devo reclamar. Estava precisando, conversar com a Andrea, não a mãe, a esposa ou a profissional, dialogar com aquela que estava escondida aqui no fundo, como criança abandonada. Foi ótimo, nos olhamos e não dissemos nada, só observamos o quanto melhoramos e o quanto ainda temos que caminhar, foi exatamente neste momento que resolvi desligar tudo, encontrar meus amores e  amar, com toda a força que este sentimento pode ter. O pequeno já dormindo era só observar, acariciar, sentir seu calor e sua respiração, fazer cafuné, sentir seu cheiro e sua pele, beijar, morder, beijar de novo e deixar que o mais sublime dos sentimentos ocupe meu coração, minha vida. A mais velha, observar de longe até que ela permita minha aproximação, fase difícil, mas tão linda e como está linda, não tem mais aqueles olhos de bebês indefesos, no lugar, um olhar de "sou grande mas ainda te amo e preciso de vc, só não quero que saiba". E esses segundos, tão intensos, poderiam durar a vida toda, e é neste momento que agradeço a Deus por viver tudo isso. Um amor que dói, maior que eu e que me faz tão bem. Sim, "todas" as mães são assim, porém, este é o meu momento. ❤Bella e Davi❤