domingo, 13 de novembro de 2016

Balas de morango?

Dificilmente Davi faz aquelas chatices de ficar pedindo coisas nos lugares, eis que hj eu conversando com o farmacêutico sobre um remédio para a sinusite do Douglas e ele começa pedir insistentemente por balas de morango, o homem um pouco constrangido com a situação continua falar esperando uma reação minha com Davi. Até que me irrito com ele e digo em tom firme e até um pouco mais alto que não vou comprar bala de morango coisa nenhuma. Qdo olho para as mãos dele me deparo com uma embalagem de blowtex sabor morango. Digo em tom de disfarce que não é bala e volto falar com o farmacêutico. Claro que meu filho não se deu por satisfeito, queria saber pq não podia bala se estamos no final de semana, naquela conjuntura já não dava mais para deixar para lá como sempre fiz todas as vezes que ele me pediu tais balas, pedi licença ao farmacêutico, abaixei na altura do pequeno consumidor de balas de morango e expliquei que não eram balas e sim uma coisa para o casal namorar sem a mulher engravidar. Não quis falar sobre doenças para ele não querer saber mais, tb não sei se fiz o correto, só sei que foi o que achei melhor naquele momento. Ai, ai...ser mãe é ter que se virar nos 30. Pensando bem, essas embalagens realmente são bem atrativas, qual criança nunca pediu "balas de morango"???

sábado, 5 de novembro de 2016

Meu menino do dedo verde

Não posso negar que sou abençoada por ter filhos especiais, minha Bella que sempre me ensinou que os maiores tesouros estão nas pequenas coisas, que levar uma vida minimalista pode ser o máximo. Depois surgiu Davi, e é dele que quero falar hoje. Quem conhece a história "O menino do dedo verde" talvez entenda um pouco do que quero contar. Sim, acredito que ele seja um anjo que veio nos ensinar muita coisa, foi ele que confirmou sobre o verdadeiro valor da vida. Diz cada coisa que não dá para acreditar, como diz uma amiga "ele não é criança, é um mini homem". Assim como todas as crianças, inventa algo novo a todo instante, a novidade é ser ambientalista, na verdade nem ele sabe mesmo o que quer. Quer adotar todos os cachorros de rua do mundo, quer fazer uma plantação de comidas e flores, quer fazer casinhas para alimentar passarinhos e cuidar de todos os animais, crianças e vovós (palavras dele). Quem convive com ele, sabe que é sensível, curioso, inteligente, engraçado e agitado, tal agitação me fez pensar em como canalizar essa energia toda, foi então que ele pediu para plantar. Passamos o dia na rua, compramos mudas, terra, casa e comida de passarinho, ganhamos esterco e adubo da nossa amiga Maira e aí está o resultado (foto). Ah! Já ia me esquecendo, ele queria aprender jogar bolinha de gude, e não é que o vô ensinou? Enquanto alguns correm em direção a tecnologia, outros se divertem voltando aos anos da infância minimalista. E o meu Tistu, é o meu anjo! Meu Davi do dedo verde! 🍀

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Simplicidade infantil

Para quem já nos conhece, sabe que amo fazer arte com meus filhos, que evito comprar brinquedos prontos para que possamos criar juntos com qualquer tipo de material, vai muito do momento. Com isso, o Davi pegou o gosto pelas coisas simples, pelo que podemos criar e soltar a imaginação. Aqui em casa, assim como em muitas outras, sexta-feira é o dia do brinquedo na escola, e toda semana, nesse dia, é um parto até ele decidir o que levar. Primeiro pq ele não tem muitos mesmo, a cada brinquedo que ele ganha são dois que vão para doação, segundo pq ele nunca sabe o que escolher, já que parece não se sentir a vontade com brinquedos prontos. Eis que semana passada, ele desce do quarto com uma tampinha de brinde daquelas máquinas de moedas e o cadarço da calça da irmã. Na hora imaginei o que viria a seguir, mesmo assim resolvi perguntar o que ele estava levando, já que como mãe que sou, queria proteger de possíveis chacotas de colegas que poderiam não compreender esse lado dele. Com toda a calma, segurança e confiança do mundo ele respondeu exatamente assim: "estou levando essa coisa e essa corda pq tem muitas possibilidades". Meu instinto de mãe leoa continuava em alerta quando perguntei se ele tinha certeza e de novo ele foi firme em sua resposta, dizendo que daria para fazer balanço, estilingue...foi então, que meu instinto de mãe coruja, me fez quase chorar de tanta alegria. A convicção dele foi tão intensa que ao chegar na escola os amigos queriam ver o que ele tinha levado e queriam brincar com " aquelas possibilidades". A vida dos adultos é mesmo complicada, nos preocupamos demais com o que os outros vão achar, deixamos de lado a beleza das pequenas coisas e perdemos nossa criatividade. Diante disso, só posso terminar essa postagem agradecendo ao meu filho e todas as crianças, que mostram diariamente o lado bom da vida, a simplicidade infantil.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Devagar e sempre

É, o tempo vai passando e o que fica são as memórias, algumas muito boas, outras maravilhosas e outras nem tão agradáveis assim. Como se diz, nem tudo  na vida são flores, pelo contrário, a vida tem seus altos e baixos. Se ficarmos enfatizando os vales da vida não curtiremos os cumes, e é exatamente por este motivo que venho aqui hj. Ontem, fomos aos parque caminhar e pude ver o quanto meu pequeno caçula deixou de ser meu bebê para iniciar sua trajetória à liberdade. Claro que não foi exatamente ontem, esse processo iniciou-se no momento de seu nascimento e a cada dia percebo mais e mais. Quando meu peito deixou de ser sua única fonte de energia, quando foi à escola pela primeira vez sem implorar por meu colo, quando passei comer comida quente...enfim, ontem deixei ele solto, andar sem mãos dadas, com seu ritmo de passos e por onde ele achava que deveria pisar. Diferente da Bella que eu sofri demais, com ele estou aprendendo que posso e devo ser mais maleável porque tudo passa e a cada degrau ganha-se um aprendizado diferente. E como eu disse antes, tudo passa, de um jeito ou de outro. Se eu não tivesse certeza disso, jamais teria um segundo filho, porque a parte chata está aí, para nos ensinar. Os dentes moles, as dores de crescimento, as birras, os choros fáceis, enfim, os baixos passam e o que fica são as memórias, não é mesmo? O que passou, passou e daqui para frente, continuaremos errando tentando acertar, aperfeiçoando a cada etapa, a cada detalhe, a cada um... Para concluir:
Te amo Isabella! Continue exatamente assim, do jeitinho que vc é. Te amo Davi! Continue me ensinando a ser mais paciente!

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A mochila verde X A bolsa amarela

Quem leu o livro Bolsa Amarela da Lygia Bojunga vai entender o que eu escrevi agora. Eu o li em 1989, na antiga segunda série, atual terceiro ano, lembro que fizemos um trabalho maravilhoso com nossa excelente professora, enfim, externamos nossos questionamentos de uma forma tão inocente que só crianças poderiam fazer. Recentemente li novamente para matar a saudade de uma época muito boa, onde meus maiores problemas eram a separação dos meus pais que se prolongou por tanto tempo que nem me lembro ao certo e qual a lição de casa para o dia seguinte. Quando tive a Bella, por mais que eu tenha parado de trabalhar fora as ocupações com a creche da minha mãe praticamente não me deram o tempo que eu gostaria de ter com ela para ler e inventar histórias tanto quanto eu gostaria, mesmo assim, ela adquiriu um gosto pela leitura de dar inveja em muita gente. Já com Davi, talvez a minha maturidade tenha colaborado, por mais que o tempo fosse mais escasso a vontade era maior e o cansaço físico pedia socorro para momentos de prazer. Criei momentos com os dois para que pudéssemos curtir um ao outro. Não, eu não sou a melhor mãe, sou a melhor mãe que posso ser. Voltando à bolsa amarela, Davi, como muitas crianças, tem seus questionamentos, seus segredos e sua criatividade e imaginação aguçadas, muitas "coisas" ele mantém em sua mochila verde, objetos que expressam seus momentos e o faz viver intensamente. Nela tem massinha, globo, livro, caneta, espada, bolinha e o que mais couber naquele dia. Um dia tem x, noutro y e assim ele vai vivendo sua infância com sabor de quero mais. E eu? Fico aqui observando, as maravilhas da infância...leitura, imaginação, fantasia...

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Ser mãe

Das coisas que mais amo fazer, ser mãe é a principal, não escondo de ninguém que se eu tivesse condições eu seria mãe 24 horas, daquela que faz a comida com carinho, que faz questão de arrumar o uniforme e a lancheira, que tira dúvidas de matemática e sobre os mais diversos assuntos, que senta no chão para brincar, que vai no cinema assistir filme infantil e se diverte muito, que entende um pouco de cada dos personagens que existem, que entende um mau humor da adolescência e que uma nota baixa nem sempre é o fim, enfim, mesmo não sendo mãe 24 horas, ainda bem, caso contrário ficaria doida em casa, sou a mãe mais feliz do mundo por conseguir viver tudo isso que muitas acreditam ser possível só nos comerciais de margarina. Não é tarefa fácil, mas quem falou que seria? Para mim, ser mãe é amar alguém mais que a mim mesma com o sentimento mais incondicional que existe. E pq não agradecer àquela que fez tudo isso possível? Obrigada mãe, por me dar a vida, para que eu pudesse descobrir o mais sublime amor nos meus filhos. AI, AI, COMO AMO SER MÃE...

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Amor que faz tão bem

Muito clichê seria se eu dissesse o quanto amo meus filhos, que é um amor que dói ou até mesmo que os amo mais do que a mim mesma?
Sim, pode até ser que digam isso, não importa. Hoje foi um dia muito tenso, problemas no trabalho, cabeça a mil, novos acontecimentos, sobrecarga, chegar em casa e ter muita coisa para fazer e não saber por onde começar, vontade de jogar tudo para o alto e correr, mas não, resolvi a segunda opção, pela primeira vez. Cuidei da rotina, me larguei no sofá, respirei fundo, pensei na vida e descobri (de novo) que eu mesma escolhi tudo isso e por este motivo não devo reclamar. Estava precisando, conversar com a Andrea, não a mãe, a esposa ou a profissional, dialogar com aquela que estava escondida aqui no fundo, como criança abandonada. Foi ótimo, nos olhamos e não dissemos nada, só observamos o quanto melhoramos e o quanto ainda temos que caminhar, foi exatamente neste momento que resolvi desligar tudo, encontrar meus amores e  amar, com toda a força que este sentimento pode ter. O pequeno já dormindo era só observar, acariciar, sentir seu calor e sua respiração, fazer cafuné, sentir seu cheiro e sua pele, beijar, morder, beijar de novo e deixar que o mais sublime dos sentimentos ocupe meu coração, minha vida. A mais velha, observar de longe até que ela permita minha aproximação, fase difícil, mas tão linda e como está linda, não tem mais aqueles olhos de bebês indefesos, no lugar, um olhar de "sou grande mas ainda te amo e preciso de vc, só não quero que saiba". E esses segundos, tão intensos, poderiam durar a vida toda, e é neste momento que agradeço a Deus por viver tudo isso. Um amor que dói, maior que eu e que me faz tão bem. Sim, "todas" as mães são assim, porém, este é o meu momento. ❤Bella e Davi❤

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Criação com apego

Esse mês vou trabalhar apenas no período vespertino e estou aproveitando para matar a saudade de dormir até tarde e fazer o almoço assistindo Encontro com Fátima Bernardes. Hoje, um dos assuntos foi sobre maternidade, mais precisamente sobre educação dos filhos. Comecei prestar atenção qdo apareceu o sulista Marcos Piangers entrevistando um novo casal com um bb de aproximadamente 7 meses praticando a "criação com apego", o jovem casal mostrou sua rotina de sling, cama compartilhada e tantas outras atitudes que sempre tive com meus filhos, atitudes essas que jamais me arrependo e que fui e sou muito criticada por tantos. Ao final dessa entrevista, o repórter diz algo sobre querer saber como será essa família daqui 5 anos. Bom, posso responder por essa família com todos os argumentos vividos por mim. Sou mãe há 13 anos e 5 meses (completados hoje), ou seja, foi exatamente no dia 07/08/2002 que minha vida mudou por completo, a começar por mim. Dizia que jamais ia querer casar e ter filhos, assim como uma tia distante que exibia uma linda pele e um humor brilhante com seus 50 anos. O destino cumpriu seu papel e a partir de então decidi que não ia trabalhar mais fora de casa e me dedicaria integralmente à minha filha. Aos 21 anos eu não planejei tipo de parto muito menos amamentar, mas aquela carinha linda foi tão especial que me hipnotizou e me fez querer doar-me por completo, em livre demanda, no tempo dela. Fato que me motivou a compartilhar minha cama para que ela pudesse mamar a hora que quisesse, ela literalmente me sugou por quase dois anos, me empurrou na nossa cama por quase 7 e grudou na barra da minha saia por quase 13. Tudo isso com o consentimento do meu marido, pai dela. Me doei por completo à ela o tempo todo, nem ouvia falar sobre criação com apego, termos novos difundidos pela rapidez da internet. Com o mais novo quis fazer diferente, quis ir igual a sociedade e aos "entendedores", continuei minha carreira (por necessidade tb), e não quis compartilhar minha cama, que burra eu fui, EU precisava disso. Infelizmente não consigo praticar a tal criação com apego assim como fiz com a maior e os resultados são descarados. Realmente criação com apego torna o ser humano muito diferente, a começar pela independência da criança, a "coitada" da Bella nunca ficou escondida atrás de mim assim como o Davi, a Bella nunca deu trabalho em adaptação escolar como o Davi, a Bella desde pequena dormia na casa da vó ou das amiguinhas, que pecado, criá-la com apego fez um mal danado. A infância não dura para sempre e eu posso afirmar que aproveitei muito a dela, aos poucos ela vai alçando vôo, no tempo dela e o que fica é a saudade. Diferente do Davi, criado em escolinha e com tantos "agora eu estou ocupada". Então, "entendedores", meu recado é para vcs: O que define a independência e a maturidade de uma criança não é a cama que ela dorme, é o amor e o tempo com seus pais. O que define o comportamento da criança são os limites e a própria personalidade. Chega de mimimi e dizer como os pais devem criar seus filhos. Quem ama educa! Ah! Existe sexo depois dos filhos sim, afinal, tive o segundo filho!