quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O ponto de vista dos filhos


Sei que não sou uma mãe normal, não digo fora dos padrões porque não acredito que tenha um padrão para isso, cada mãe conhece as necessidades de seu filho e quais são suas prioridades e tempo disponível. Sou do tipo de mãe que é mãe e amiga ao mesmo tempo, amiga de verdade, não aquela que diz que é amiga só para ouvir os segredos dos filhos, sou mãe médica, mãe psicóloga, mãe professora, assim como muitas mães, mas também sou mãe palhaça, mãe não radical, mãe maluca, mãe criança e mãe brinquedista, que de acordo com meus filhos, esses últimos itens fazem toda a diferença. Sabem o que é ser brinquedista? Nem o windows sabe porque não reconhece essa palavra, ser brinquedista é um sonho de consumo que tenho há muito tempo, só para tirar a dúvida CLIQUE AQUI. Bom, mesmo sabendo disso tudo, sempre me perguntei o que meus filhos achavam sobre mim, cheguei a me questionar se minha forma de maternar estava correta ou não, sei que não sou a única a ter dúvidas sobre isso, mas por que não tentar descobrir? Em um dos momentos "chamego mãe e filhos", já na minha cama prontos para dormir, comecei a conversar com eles, Davi mesmo pequeno conseguiu entender e participou da conversa, de acordo com suas palavras, ele tem um "arrrmor" por mim e eu sou uma mamãe maluquinha como a Mamãe Pig, vendo a descrição livre do Wikipédia fiquei muito feliz com as palavras dele. Da Isabella foi muito mais amplo, consegui perguntar tudo o que eu queria, item por item. Como a conversa já foi há alguns dias, vou tentar lembrar de tudo. 
De acordo com ela, eu sou melhor do que as outras porque brinco no chão como se fosse uma criança de verdade, porque converso com eles com sabedoria e me coloco no lugar deles, porque faço loucuras (no bom sentido) com eles sem me importar o que os outros vão pensar, porque não troco eles por um jantar com amigos ou qualquer outra baladinha, porque tudo o que eu faço eles estão junto, porque eu os acordo com beijinhos, porque na hora de fazer lição de casa eu ajudo sem brigar e sem fazer por eles, porque sou mais preocupada com a roupa que eles irão vestir do que com minhas unhas perfeitas, porque eu converso sobre qualquer assunto sem tabus, porque prefiro ter brinquedos espalhados pela casa do que ser neurótica por limpeza e arrumação, porque preferi dar colo no sling do que empurrar um carrinho "invocado", porque preferi ficar presa à amamentação do que deixar uma mamadeira na casa da avó, porque eu sei dividir meu tempo com as necessidades de cada um de acordo com as idades e ao mesmo tempo sei juntar os dois na mesma brincadeira, porque eu me preocupo se eles estão usando cinto de segurança/cadeirinha, porque eu não deixo solto demais na rua mesmo os amigos achando que é caretice, porque eu participo e dou valor à escola, porque faço questão de sentarmos todos juntos nas refeições, porque não os exploro (ajudar é uma coisa, obrigar é outra), porque sei distinguir a real idade deles (sem infantilizar ou adultizar), porque eu e o pai deles não temos frescuras como soltar um pum dentro de casa e fora não, porque sabemos que doce e refrigerante um dia por semana não fará mal (não precisa ser radical), porque quando estamos juntos fazemos festa por qualquer motivo, porque nós dois ensinamos que além do iPad um Pictureka pode ser muito mais divertido, porque ensinamos (de verdade) que dinheiro nenhum pode comprar o amor e harmonia que temos em casa, porque compartilhamos nossa cama com as crianças quando eles sentem medo do trovão ou do monstro e tantos outros motivos citados por eles. Não consigo entender pq muitos pais não brincam com seus filhos, pq não conversam, pq não usam o cinto de segurança, pq deixam ir e voltar da escola sozinhos mas não deixam ir na festinha de aniversário na casa dos amigos. Hoje, quando a Isabella ameaça fazer alguma malcriação eu pergunto se ela quer que eu seja uma mãe normal, sabem o que ela responde? "Claro que não" e volta obedecer rapidinho. Sei que podemos não ter dinheiro, que aos olhos de muitos podemos ser os fraca$$ados, mas o que realmente nos importa é isso, que somos importantes para nossos filhos por sermos nós e não pelo conforto que proporcionamos. Eles disseram que somos a família PIG, simples e alegres. Não vou negar que eu gostaria de proporcionar mais para eles financeiramente, só que enquanto esse momento não chegar, vamos curtindo, correndo atrás para o crescimento harmonioso de nossa família.

10 comentários:

  1. E claro que eles esperam que quando esse dia de melhoria financeira chegar, os puns e as brincadeiras de lama não acabem rsrsrsrs as gurias dizem que somos a família pig tb, deve ser pelos puns kkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Que lindo, concordo em muitos aspectos, exceto a Família Pig. Apesar do meu filho de 1 ano e meio adorar o desenho animado, eu acho a Peppa muito mal educada, não gosto do comportamento dela. Enfim, na dublagem recentemente incluíram um "por favor" ao vocabulário dela, pois antes nem isso existia. É bonitinho e engraçado, mas a Peppa, sinceramente, está indo de mal a pior no meu conceito.

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    1. De fato a Peppa é muito mal educada, então aproveito para discutir com o caçula o que não deve ser feito, rolam muitos papos sobre o comportamento dela, principalmente qdo ela se refere a ele como "papai bobinho". A mais velha que fica inconformada e me chama qdo não estou perto, isso qdo ela mesmo não conversa com ele sobre isso e eu amo ouvir de longe os papos deles. Tirando isso, amo a família Peppa por eles serem muito unidos e por ter a mesma quantidade de pessoas e idade, assim como a nossa. Obg pela visita, apareça sempre

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Muito obrigada por vir aqui no meu cantinho.